Volta e meia, Rodrigo Sant’anna é surpreendido nas ruas com um
"Valéria, tem dez centarru?". São fãs misturando nome e bordão de suas
personagens mais queridas: a transexual Valéria Vasques e a pedinte
Adelaide, do Metrô Zorra Brasil. Pudera! Há três anos, o ator vem
colecionando sucessos no "Zorra total". Desde o malandro Admílson,
quando dividia cena com a glamourosa Lady Kate (Katiúscia Canoro).
—
Fico meio tímido com o assédio do povo, sempre muito festivo. Às vezes,
tenho medo de decepcionar as pessoas, porque elas me veem na TV numa
situação tão descontraída, de levada sacana, e na vida real sou tão
água-com-açúcar... — entrega-se o carioca de 31 anos, nascido no Morro
dos Macacos, Zona Norte do Rio.
Inspiração caseira
Foi
no subúrbio que, outra vez, Rodrigo buscou inspiração para suas
criações. Mais do que na comunidade onde nasceu, Adelaide ganhou vida
dentro da própria casa do artista, na figura de Adélia Rosa, essa
senhorinha simpática da foto aí ao lado, de 86 anos.
— Minha avó é
uma figura! Tem voz arrastada, nariz largo, e vive com uma atadura na
perna, mancando por causa das varizes. Transportei isso para a Adelaide.
Só não copiei a bengala porque queria que Adelaide parecesse mais
jovem. Na minha cabeça, ela tem 33 anos, mas é acabada — explica.
Cara de uma...
Mal termina de
descrever a avó, dona Adélia dá o ar da graça na sala do apartamento de
Laranjeiras, que ganhou de presente do neto. Sua semelhança com a mais
nova sensação do humor é realmente espantosa...
— Ah, fico muito
feliz com essa homenagem! Adelaide é muito parecida comigo... Gosto dela
todinha, inteirinha! E o marido dela? Engraçado à beça. Até nisso ele
copiou: quando era mais nova, gostei de um cara igualzinho, bebia pra
caramba! — conta a musa inspiradora, apertando os olhinhos num sorriso
de satisfação: — Não perco o "Zorra". É muita emoção!
É esse
orgulho de dona Adélia em ser retratada como é que Rodrigo cita ao
comentar as críticas — descabidas, ele frisa — a Adelaide. Meses atrás, a
personagem foi acionada na justiça, sob a acusação de racismo.
Telespectadores e membros de ONGs teriam se indignado com uma das cenas
do humorístico, em que a pedinte teria comparado o cabelo da filha, Brit
Sprite (Isabelle Marques) a palha de aço.
— Talvez se eu tivesse
uma avó loura, de olhos azuis, não estivesse enfrentando isso... - Fico
triste, de verdade. Sempre contei minha história de uma maneira muito
aberta, sem ser panfletário. Falo de gente pobre, humilde, feia,
desdentada, analfabeta, com nariz grande, porque é com esse tipo de
gente que eu convivi a minha vida inteira. Elas são a matéria-prima do
meu trabalho. Minha inspiração é minha família, são os meus amigos.
Pessoas das quais eu me orgulho, independentemente dos defeitos que
tenham. Quero homenageá-los do jeito que eu melhor sei, com humor. Caso
contrário, eu iria fazer, sei lá, Almodóvar! Graças a Deus, ninguém
nunca me abordou de maneira pejorativa nas ruas.
A cara da pobreza
Rodrigo ri de si mesmo ao citar um dos bordões de Adelaide preferidos pelo público:
—
Se Xuxa é a cara da riqueza, eu sou a da pobreza. Outro dia, estava me
assistindo no programa dela e comentei: "Meu Deus do Céu! Olha essa
minha cara... Nunca que eu deveria estar fazendo televisão, gente!".
Há
também, é claro, os que, sentindo-se "celebrados" pela figura de
Adelaide, se aproveitam do sucesso da ficção para tentar se dar bem na
vida real.
— Já me disseram que tinham visto gente no sinal de
trânsito pedindo moeda como ela, com aquela musicalidade, falando
"centarru" e tudo — conta Rodrigo, pessoalmente contrário a dar esmolas:
— Mendicância virou profissão, né? E, ao mesmo tempo que você fica
compadecido com o sofrimento alheio, pode estar contribuindo para que
aquela pessoa sobreviva na mesmice. Dinheiro eu não dou, só comida.
Mesmo assim, já fui surpreendido negativamente. Uma menina me devolveu
um prato: "Miojo eu não como!". E um mendigo que vivia reclamando que
estava morrendo de fome, depois de traçar um lanche que eu dei, limpou a
boca e repetiu o discurso. Ou seja: esse pessoal não sente fome. Pedir é
um vício, e eles são verdadeiros atores. Melhores que eu!
Nem um
pouco humilde, muito menos pobre — vide o celular e o tablet que exibe
toda vez que aparece —, Adelaide é mais uma vítima do consumismo,
segundo definição de seu criador:
— Hoje em dia, independentemente
da classe social e financeira em que você vive, o que te torna rico não
é a quantidade de coisas que se tem, e sim em quantas vezes você pagou
para ter aquilo. Quanta gente de geladeira vazia tem dois celulares,
rádio, tablet e tudo mais? Adelaide é uma figura muito realista. Se
fantasia de feia para sustentar a imagem da "coitada".
Sonhos realizados
Zero
exibicionista, Rodrigo não gosta de comentar o patrimônio adquirido com
o sucesso. Mas deixa escapar que tornou real alguns de seus sonhos de
consumo, como um iPhone, uma bicicleta elétrica para passear pela orla
carioca e, o mais importante, a casa própria, a sua e a da família. Ele
trouxe a mãe e a avó de Quintino para a Zona Sul e comprou um segundo
apartamento, com vista para a Baía de Guanabara.
— Mas sou tão
desapegado que mobiliei o apê, aluguei com tudo dentro para um gringo e
fui morar de aluguel em Copacabana. Lá eu tenho mais tranquilidade para
passear de bicicleta, é mais agradável.
Assim como Adelaide, o artista tem suas economias.
—
Não gasto dinheiro sem necessidade porque sei o valor dele. Não esbanjo
com nada. Aliás, ainda não consegui fazer uma viagem internacional,
nessa correria toda. Um dia ainda vou para Nova York gastar um pouquinho
— brinca.
Na pele do Burro
Hiperativo
por natureza, Rodrigo acumula três personagens no "Zorra" (Valéria,
Adelaide e seu marido, o pinguço Jurandir) e, fora da TV, ainda dá conta
de três programas de rádio (na Rádio Globo e na Beat 98) e duas peças
teatrais em cartaz ("Comício gargalhada" e "O patrão"), além de
frequentar aulas de canto para estrelar o musical "Shrek", que estreia
em dezembro no Teatro João Caetano. No palco, Rodrigo viverá Burro, o
melhor amigo do ogro. Só a faculdade de Psicologia, que tinha começado a
cursar, ficou para trás.
— Não dei conta. Desde que Valéria
estourou, não faço outra coisa a não ser trabalhar. Nas vezes que me
estressei, me senti culpado: "Isso foi tudo o que sempre quis pra mim,
como posso estar cansado? Não!". Não me permito reclamar. Meu maior medo
é cair no ostracismo, ser esquecido porque não consegui solidificar uma
carreira com minhas criações.
O lado ruim da fama? A repercussão
na mídia sempre chega acompanhada de uma sensação de angústia: mal o
novo personagem ganha o carinho do público, o humorista já está pensando
no próximo.
— Respiro aliviado: "Ufa, consegui emplacar mais um".
Mas sou tão louco, que não relaxo: "Beleza! E agora? Qual é o novo
texto, qual será o novo bordão?". Isso é muito ruim, muito sofrido —
desabafa ele, já deixando escapar o que está por vir: — Tem dois papéis
que interpreto no teatro que podem vingar na TV, o sensitivo Vanderley
das Almas e o Homossexual Obeso.
Pelo jeito, vem mais burburinho por aí...
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quarta-feira, 31 de outubro de 2012
terça-feira, 30 de outubro de 2012
BANDA JACKSON ENVENENADO LANÇA MAIS UM CD NA TV TAMBAÚ /SBT
Sob
o comando da jornalista Marcelle Mosso, o programa Feminíssima da TV
Tambaú teve como atração musical no programa desta quarta-feira (30), a
apresentação da banda alagoagrandense "Jackson Envenenado" cantando os
sucessos do seu mais novo CD "Quanto?". A banda cantou varias musicas do
CD durante o programa levando a apresentadora a
dançar o ritmo contagiante da banda. É mais um disco totalmente produzido por esta banda que tem lavado Brasil á fora a modernização das raizes jacksonianas. Coordenada por ROBÉRIO CHAVES, a banda Jackson Envenenado tem se destacado na musica paraibana e nordestina na estrada liderada pela banda CABRUERA e outras do genero. Da terra de Jackson do Pandeiro para o mundo, mais uma afirmação da boa musica alagoagrandense.
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
domingo, 28 de outubro de 2012
NOTICIAS AFRO
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Destaque |
Eleições Proporcionais 2012
Ao
longo dos anos, tenho escrito, falado e comentado que as pessoas em sua
trajetória de vida podem se estapear, xingar, mentir oudestratar seus
adversários, sem esquecer que em política não devem brigar, nunca. A briga
política deve ficar ...
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SEPPIR e UNESCO promovem seminário internacional sobre Educação nas relações étnico-raciais
De
29 de outubro a 1º de novembro, especialistas discutem políticas públicas com
enfoque na formação de professores e desenvolvimento curricular
Apresentar
as iniciativas bem-sucedidas no Brasil, na área de educação para as relações
étnico-raciais, bem como os respectivos indicadores sociais, e ampliar as
discussões sobre as políticas públicas voltadas para este campo, com enfoque na
formação de professores ...
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Rio comemora 100 anos do bondinho
Flávia
Villela
Repórter
da Agência Brasil
Rio
de Janeiro – Fundado em 1912 pelo engenheiro Augusto Ferreira Ramos, o
teleférico mais famoso do mundo completa hoje (27) 100 anos. O bondinho do Pão
de Açúcar, no Morro da Urca, zona sul do Rio, foi o primeiro do ...
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ONU e União Africana reforçam apelo de paz em Darfur; grupo rebelde apoia fim das hostilidades
A
Chefe interina da Missão das Nações Unidas e da União Africana em Darfur (UNAMID)
destacou na quinta-feira (25) ...
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Kardashian e Kanye West planejam casamento de US$20 milhões
Kim
Kardashian e Kanye West estão planejando um casamento de US$ 20 milhões. De
acordo com o site Contact Music, os dois querem selar a união assim que
for oficializado ...
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quinta-feira, 25 de outubro de 2012
ALAGOA GRANDE REALIZA REUNIÃO DO PLANO ESTADUAL DA CULTURA COM REPRESENTATES DO BREJO PARAIBANO
Aconteceu na cidade de ALAGOA GRANDE, PB, nesta qunita-feira, dia 25, mais uma reunião do PLANO ESTADUAL DA CULTURA objetivando o recebimento de PROPOSTAS e o PREENCHIMENTO DE FORMULÁRIOS DE PESQUISA que irão contribuir para a organização do BANCO DE DADOS com informações sobre a CULTURA DA PARAIBA que terminará por subsidiar a elaboração do PLANO ESTADUAL DA CULTURA que norteará a execução das realizações culturasi no Estado pelo período de 10 anos sob a coordenação da Secretaria da Cultura do Estado.
Estiveram presentes a ARTICULADORA DA CULTURA DO BREJO, SILVANA RODRIGUES e MARIA MARQUES MACIEL, GERENTE OPERACIONAL DE ARTE POPULAR DO GOVERNO DO ESTADO. Presença de representantes de grupos artisticos e culturais da cidade de AREIA. Tambem estiveram presentes o SECRETÁRIO DA INFRAESTRUTURA, JOSÉ AVELAR e da EDUCADORA, NELÍ CARLOTO. Diversos representantes da cultura local se fizeram presentes a exemplo de ALEXANDRE e TIAGO (hip-hop), ALAN (audio visual), MERCES (literatura) e muitos outros.
A recepção no auditório da Prefeitura Municipal foi de IRNAR FRANCISCA(Secretária da Cultura e Turismo), e do CONSELHEIRO ESTADUAL DA CULTURA, SEVERINO ANTONIO (bibiu do jatobá) que falou sobre o avanço da Secretaria da Cultura do Municipio rumo ao Sistema Nacional da Cultura no Governo do Prefeito João Bosco Carneiro Junior. Segundo bibiu, "OS ALICERCES PARA O NOVO TEMPO DA CULTURA DO MUNICIPIO FORAM IMPLANTADOS NESTA GESTÃO".
A reunião transcorreu em amplo debate e rica em informações que muito contribuirão para fortalecer ALAGOA GRANDE e outras cidades do brejo na estruturação de seus SISTEMAS MUNICIPAIS DE CULTURA. Vejam as fotos da citada reunião:
Informações: Secretaria da Cultura e do Turismo - Alagoa Grande, PB.
Redação: bibiu do jatobá.
No facebook: http://www.facebook.com/severino.bibiu
Estiveram presentes a ARTICULADORA DA CULTURA DO BREJO, SILVANA RODRIGUES e MARIA MARQUES MACIEL, GERENTE OPERACIONAL DE ARTE POPULAR DO GOVERNO DO ESTADO. Presença de representantes de grupos artisticos e culturais da cidade de AREIA. Tambem estiveram presentes o SECRETÁRIO DA INFRAESTRUTURA, JOSÉ AVELAR e da EDUCADORA, NELÍ CARLOTO. Diversos representantes da cultura local se fizeram presentes a exemplo de ALEXANDRE e TIAGO (hip-hop), ALAN (audio visual), MERCES (literatura) e muitos outros.
A recepção no auditório da Prefeitura Municipal foi de IRNAR FRANCISCA(Secretária da Cultura e Turismo), e do CONSELHEIRO ESTADUAL DA CULTURA, SEVERINO ANTONIO (bibiu do jatobá) que falou sobre o avanço da Secretaria da Cultura do Municipio rumo ao Sistema Nacional da Cultura no Governo do Prefeito João Bosco Carneiro Junior. Segundo bibiu, "OS ALICERCES PARA O NOVO TEMPO DA CULTURA DO MUNICIPIO FORAM IMPLANTADOS NESTA GESTÃO".
A reunião transcorreu em amplo debate e rica em informações que muito contribuirão para fortalecer ALAGOA GRANDE e outras cidades do brejo na estruturação de seus SISTEMAS MUNICIPAIS DE CULTURA. Vejam as fotos da citada reunião:
Informações: Secretaria da Cultura e do Turismo - Alagoa Grande, PB.
Redação: bibiu do jatobá.
No facebook: http://www.facebook.com/severino.bibiu
AREIA VENCE CONCURSO DE PRESERVAÇÃO PATRIMONIAL - BELO EXEMPLO!
Nesta quarta-feira (24), a Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Claudio
Santoro, em Brasília, será palco da cerimônia de premiação dos sete
vencedores da 25ª edição do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade,
desenvolvido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(Iphan), vinculado ao Ministério da Cultura.
Mais de 200 trabalhos foram inscritos, mas apenas sete cidades foram contempladas, entre elas a cidade de Areia, que fica localizada no Brejo paraibano. Areia foi à vencedora na categoria Preservação de Bens Móveis, de iniciativa da Associação dos Moradores de Areia (AMAR) com a ação da Oficina de Salvaguarda e Restauração intitulada: Areia e seus Museus
Para o presidente da AMAR, Carlomano Correa de Abreu, receber um prêmio dessa magnitude é o reconhecimento da valorização da cultura ‘na terra da cultura’ e a cidade só tem a comemorar.
“Nesse projeto nós requalificamos os modelos e a estabilização dos acervos e a partir dele também foi criado em Areia um laboratório de preservação e restauro tudo visando o incentivo da cultura e da preservação do patrimônio histórico”, explicou o presidente da AMAR.
Além do presidente da AMAR, também estão em Brasília para receber a premiação o prefeito eleito e o vice, Paulo Gomes e André Perazzo, o deputado Tião Gomes (PSL), além das idealizadoras do projeto, Lucia Geovana, Edilene Cardoso e Bisneta Benigna.
Os vencedores receberão certificado, troféu e R$ 20 mil em dinheiro. Este ano, o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade celebra também os 75 anos do Iphan e os 400 da cidade de São Luís, no Maranhão.
A solenidade terá início às 19h e no final haverá o show do sambista Paulinho da Viola. A entrada é franca e limitada ao número de ingressos disponíveis, que serão distribuídos na bilheteria do Teatro, no dia 24 de outubro, a partir das 12h.
Mais de 200 trabalhos foram inscritos, mas apenas sete cidades foram contempladas, entre elas a cidade de Areia, que fica localizada no Brejo paraibano. Areia foi à vencedora na categoria Preservação de Bens Móveis, de iniciativa da Associação dos Moradores de Areia (AMAR) com a ação da Oficina de Salvaguarda e Restauração intitulada: Areia e seus Museus
Para o presidente da AMAR, Carlomano Correa de Abreu, receber um prêmio dessa magnitude é o reconhecimento da valorização da cultura ‘na terra da cultura’ e a cidade só tem a comemorar.
“Nesse projeto nós requalificamos os modelos e a estabilização dos acervos e a partir dele também foi criado em Areia um laboratório de preservação e restauro tudo visando o incentivo da cultura e da preservação do patrimônio histórico”, explicou o presidente da AMAR.
Além do presidente da AMAR, também estão em Brasília para receber a premiação o prefeito eleito e o vice, Paulo Gomes e André Perazzo, o deputado Tião Gomes (PSL), além das idealizadoras do projeto, Lucia Geovana, Edilene Cardoso e Bisneta Benigna.
Os vencedores receberão certificado, troféu e R$ 20 mil em dinheiro. Este ano, o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade celebra também os 75 anos do Iphan e os 400 da cidade de São Luís, no Maranhão.
A solenidade terá início às 19h e no final haverá o show do sambista Paulinho da Viola. A entrada é franca e limitada ao número de ingressos disponíveis, que serão distribuídos na bilheteria do Teatro, no dia 24 de outubro, a partir das 12h.
A REUNIÃO PARA ENCAMINHAMENTO DE PROPOSTAS PARA O PLANO ESTADUAL DA CULTURA DA REGIONAL DO BREJO, É HOJE, A PARTIR DAS 09 HORAS EM ALAGOA GRANDE
CONVITE - CONVITE
Secretaria Estadual da Cultura da Paraíba, através da 2ª Regional-Brejo,
vem convidar os Gestores, Parlamentares, representantes dos movimentos
culturais e artistas em geral para participarem de importante reunião de
encaminhamento de propostas para o Plano Estadual da Cultura. A citada reunião
acontecerá HOJE, 5ª Feira, dia 25/10/2012, no AUDITÓRIO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE ALAGOA GRANDE, a partir das 09 horas da manhã com a presença de
representantes de Alagoa Grande, da
Secretaria da Cultura do Estado e cidades vizinhas.
Atenciosamente:
Silvania Rodrigues
Nunes - Articuladora Cultural da 2ª Região (SECULT-PB ):
CONTATO - NANA - 8892
1811 - 9925 5773
Severino Antonio
(bibiu) – Conselheiro Estadual da Cultura – Regional: Brejo.
CONTATO: 9106 0287 –
9903 2392 - severinopb@uol.com.br
INDIOS PEDEM SOCORRO - SOCORRO!
Por Iara Vicente
“Cantiga de índio que perdeu sua taba,
no peito este incêndio nunca se apaga
Deixa o índio no seu canto
que eu canto um acalanto, faço outra canção”
Sete cantigas para voar, Vital Farias
A cerca de dez dias atrás os Guarani-Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay tornaram pública a sua decisão de morrer coletivamente. A situação insustentável dos povos indígenas do Mato Grosso do Sul, de confinamento e terror coletivo, explode enfim num episódio trágico.
O ultimato, tornado público no dia 08 de Outubro de 2012 pelo conselho Aty Guasu Guarani e Kaiowá do MS, é o último recurso de um povo que tem sido oprimido e sistematicamente expulso de suas terras. Em resposta à ordem de despejo decretada pela justiça do município de Naviraí, os indígenas declararam em carta que decidem morrer coletivamente e que desejam ser enterrados no local da terra em disputa.
Dizem eles: “Cientes desse fato histórico, nós já vamos e queremos ser mortos e enterrados junto aos nossos antepassados aqui mesmo onde estamos hoje, por isso, pedimos ao Governo e Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas solicitamos para decretar a nossa morte coletiva e para enterrar nós todos aqui.”
Pyelito Kue/Mbaratay é um dos mais de 20 territórios tradicionais do povo Guarani-Kaiwoá no Mato Grosso do Sul. A etnia, extremamente numerosa para as pequenas áreas em que se instalam, sobrevivem em condições precárias. No meio de um conflito fundiário ferrenho que já dura décadas, as comunidades Guarani-Kaiowá vivem em territórios provisórios entre as fronteiras de enormes fazendas, cujos donos são bastante influentes na política local e nacional.
Esperando pela demarcação de suas terras, os indígenas têm vivido em um verdadeiro pesadelo. Nos acampamentos, a expectativa de vida é inferior à de países africanos em guerra¹. A mortalidade infantil anual, nos últimos cinco anos, passou de 48 casos para 1900. A taxa de suicídios dentre os Guarani-Kaiwoá é considerada uma das mais altas do mundo – enquanto à média do Brasil é de 5,7 a cada 100 mil habitantes, nesta comunidade indígena o contingente é maior que 100 a cada 100 mil habitantes.
Além disso, é frequente a invasão de pistoleiros nos acampamentos indígenas. Tornou-se comum a morte de lideranças e de cidadãos indígenas nas áreas de conflito. A imprensa local interpretou o fato como “a guerra que os produtores declararam aos indígenas”. E mesmo com os ataques continuando a crescer, os assassinatos, agressões e incêndios criminosos seguem impunes.
No ano de 2010, foram vários os relatórios de organismos internacionais falando sobre a gravidade da situação indígena no MS. Marina Silva, durante seu mandato de Senadora da República, enviou uma carta ao presidente Lula, na qual afirma que “não poderemos falar em crescimento ou em desenvolvimento decentes enquanto não dermos uma solução generosa para o atual confinamento desse povo e suas decorrências – o que, neste caso, não significa lhes dar o peixe, nem lhes ensinar a pescar, mas lhes devolver os rios.” Aliás, não faltam exemplos de brasileiros e brasileiras notáveis em seus campos de atuação demonstrando solidariedade para com a luta dos indígenas no Mato Grosso do Sul.
Apesar de tudo é um problema que segue se aprofundando e sendo retransmitido de governo a governo. Vivemos uma guerra civil no Brasil rural, onde os povos tradicionais vivem o extermínio lento e constante na luta àrdua por seus modos de vida. O questionamento que o povo Guarani-Kawioá levanta é: se o governo colabora nas violências que os indígenas sofrem, a quem mais se pode recorrer? Qual alternativa sobra?
O filósofo Michel Foucault afirma, acertadamente, que a essência das relações de poder é legislar sobre o jogo nu da vida e da morte. É a decisão acerca de qual vida zelar e de quem se deixa morrer. De qual realidade se quer dar manutenção. Um exercício justo de governo no Brasil tem por obrigação deixar viver o povo Guarani-Kaiowá.
E é revoltante ter não só ponderar, mas protestar sobre isso, nesta altura da História. Então derrubaram a ditadura para isso aí? É aceitável que um governo, ainda mais um governo que se diz “de esquerda” só se pronuncie frente o massacre, frente à brutalidade, quando a sociedade brasileira se solidariza com o perigo de um suicídio anunciado de Pyelito Kue/Mbarakay?
Escrevendo aqui eu lembrei desta foto. Uma velhinha, em uma manifestação pelos direitos das mulheres, segurando um cartaz que – em português polido – pode ser traduzido como “Eu não acredito que ainda preciso protestar por causa disso”. Compartilho o sentimento, mesmo aos meus vinte anos. Eu não acredito, ainda precisemos convencer os governos a não deixar que morram os Guarani-Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay.
Eu não acredito, ainda precisamos convencer os poderosos e poderosas que um país rico é um país que não extermina os seus povos tradicionais. Eu não acredito, ainda precisamos dizer o óbvio, o bíblico, não matarás. E não acredito que alguém ainda analise a invisibilidade que as populações tradicionais como algo próximo da ingenuidade dos governantes. Porque, de fato, não o é. É parte de um projeto político que vê os indígenas e a natureza como obstáculos para o crescimento econômico. E o crescimento econômico, nessa visão, é o que mais importa.
Enfim, é com perplexidade mas com disposição que vozes de todo o país têm se juntado em solidariedade à luta deste povo. Se é preciso dizer o óbvio, exigir resposta às mais pungentes necessidades, vamos à elas.
Reconhecer o direito de um povo a existir é reconhecer o direito à moradia digna, à religiosidade indígena, o acesso à saúde. Então em consoância com a luta centenária de nossos irmãos e irmãs indígenas, eu rogo ao Estado Brasileiro, neste grito singelo, e de tão básico, brutal: deixa existir.
¹Dado da publicação Povos Indígenas do Brasil 2006/2010, do Instituto Socioambiental
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
NOTÍCIAS AFRO
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Protesto expõe acusado de tortura durante a ditadura militar em São Paulo
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amanheceu, neste sábado (20), com centenas de cartazes de protesto contra Homero
César Machado, militar reformado acusado de ter comandado sessões de tortura
contra presos políticos durante a ditadura militar como parte da Oban (Operação
Bandeirante).
Cartazes
colados na ...
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