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CAPA DE UM DOS FAMOSOS CORDÉIS DA REPENTISTA MARIA DA SOLEDADE VENCEDOR DO EDITAL ALDIR BLANC/PB |
A Literatura de Cordel agora é patrimônio cultural
imaterial da Paraíba. Uma lei, de autoria da deputada Cida Ramos (PT), foi
publicada nesta terça-feira (2) e reconhece a importância do cordel como
manifestação artística para a identidade e cultura paraibana.
Quando apresentou o projeto, a deputada afirmou que ele
“representa não apenas uma valorização da herança cultural do estado, mas
também um compromisso com a preservação, a educação e a valorização das
tradições populares que formam a essência da identidade paraibana.”
Em 2018, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (Iphan) reconheceu a literatura de cordel como patrimônio cultural
imaterial brasileiro
SOBRE A LITERATURA DE CORDÉL
No início do século XX, quando a literatura de cordel se
consolidou como um sistema editorial próprio, os poetas desenvolveram um modo
particular de comercializar seus livros nos mercados e feiras livres.
Carregavam consigo os exemplares e montavam uma banca em que os folhetos eram
exibidos (por esse motivo os poetas da literatura de cordel também são chamados
de poetas de bancada).
Para atrair curiosos e compradores, os poetas costumavam
cantar em voz alta trechos dos poemas, contando dramas, tragédias, romances e
sátiras. No momento mais importante da narrativa – quando o desfecho da
história de aproximava – o canto era interrompido e o final da história só
poderia ser conhecido por aqueles que comprassem o folheto. Assim, a métrica
perfeita era a condição para que o poeta pudesse exercer sua performance com
maestria diante do público.
Edição de bibiu do jatobá