Uma
estrutura de ferro e lona, um teatro mambembe, de trinta e seis metros
quadrados, com cenas que remetem o público a história, por muitas vezes
esquecida, do Brasil. Essa é a Barraca de Cena, espaço criado pela Companhia
Estudo de Cena, que chega agora ao Estado da Paraiba, para uma temporada de apresentações em Teatros, praças e
feiras livres, passando pelas cidades de Alagoa
Grande, Itabaiana e João Pessoa.
Criado
em 2013, Guerras Desconhecidas, é um espetáculo de variedades, que tem
como tema central conflitos sociais da história do Brasil; essas demonstrações
coletivas de luta por uma vida digna e por respeito à diversidade cultural
brasileira. A fonte de pesquisa dessas histórias foi o caderno “Guerras
desconhecidas do Brasil” escrito pelo jornalista Leonencio Nossa e
publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo em dezembro de 2010.
Contemplado
pelo Prêmio Myriam Muniz – FUNARTE/2014, o grupo se prepara para
uma temporada passando por universidades, praças e feiras nordestinas típicas,
de diversas cidades da Bahia e da Paraíba, visitando lugares emblemáticos que
foram referência para a composição desse projeto.
“Nosso
teatro narra histórias de revoltas populares que não são lembradas pela
história oficial do país, mas que pertencem ao imaginário coletivo de parte do
povo brasileiro e retratam a diversidade de nossa cultura. Nesse contexto, esse
projeto é um convite à memória social, para que através dela possamos refletir
sobre o nosso presente.” – explica Diogo Noventa, diretor e dramaturgo
da Companhia.
O
espetáculo Guerras Desconhecidas, apresenta ao público a história de
três guerras brasileiras que não aparecem na história oficial de nosso país: a
Guerra do Pau de Colher, a Guerra de São Bonifácio e a Guerra do Gatilheiro. O
espetáculo é composto por diferentes recursos, com referência em jogos e
brincadeiras populares, pantomimas e cenas muito poéticas.
O
espetáculo é dividido em atos, que são apresentados por líderes
latino-americanos, que povoam o imaginário social de nosso continente: Lampião,
Zapata, Pantera Negra e Santa Dica. O grupo acaba de fazer uma turnê de
apresentações pelo Estado da Bahia nas cidades de Juazeiro, Canudos, Uauá e
Euclides da Cunha.
ENTRADA FRANCA - Nesta
quinta-feira, 22, recepcionados pelo diretor da Cultura, Eudes Vidal - https://www.facebook.com/eudesvidal.vidal - o
grupo se apresenta em Alagoa Grande, PB, a partir das 19 h, em frente ao Teatro
Santa Ignez e no sábado, dia 24, o mesmo se apresentará na feira livre também de
Alagoa Grande. Logo após, o grupo segue para apresentações também gratuitas, em
Itabaiana, dias 25 e 26, e João Pessoa, dia 30, no prédio da UFPB. Pela importância do espetáculo, é importante
a presença de todos e todas que admiram a geniosidade desta arte.
Em Alagoa Grande, o grupo está hospedado na acochegante POUSADA DO PANDEIRO.
A relação entre cena/espaço e ficção/realidade, atrelados a temas críticos contemporâneos, tem sido o principal objeto de pesquisa da Companhia Estudo de Cena na construção de seus trabalhos. O teatro que o grupo se propõe a realizar vem ao encontro de uma arte contra-hegemônica que tem seu conteúdo definido por temas que contribuem com o debate sobre as condições atuais da vida, sem reforçar a paralisia inoperante ou a lucidez negativista de parte do pensamento crítico e sim assumindo a responsabilidade do artista por tencionar o futuro.
Atualmente a Estudo de Cena se concentra no estudo sobre violência e democracia. Fazem parte dessa pesquisa a peça de rua “A farsa da justiça”, “Guerras Desconhecidas” e o experimento “Tentativas sobre Fatzer”.
A Companhia Estudo de Cena, foi contemplada por alguns prêmios e editais ao longo de sua jornada. Em 2008, recebeu o Prêmio Cultura Viva, cedido pela Secretaria de Programas Especiais do MINC, para projetos culturais de relevância nacional.
Em 2009, contemplado pelo Prêmio Interações Estéticas – FUNARTE/MINC – o grupo desenvolveu o filme “Estudo de Cena: a República”, e em 2010, com o mesmo prêmio, desenvolveu o espetáculo de rua “Fulero Circo”, que foi apresentado em São Paulo, Distrito Federal, Bahia e Rio Grande do Sul.
No ano de 2011, contemplados pelo Programa VAI - Secretaria de Cultura da cidade de São Paulo realizou mostra de seu repertório.
Em 2013, a companhia foi contemplada com o Edital de Fomento ao Teatro - Secretaria de Cultura da cidade de São Paulo. Através desse edital circulou com o espetáculo “A Farsa da Justiça”, e também criou o seu espetáculo “Guerras Desconhecidas”, que realizou uma temporada com vinte e cinco apresentações em feiras livres da cidade de São Paulo. Neste mesmo ano, a Companhia Estudo de Cena, recebeu o Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro, na categoria “Grupo Revelação do Estado de São Paulo”.
No ano seguinte, o grupo recebeu o Prêmio Myriam Muniz – FUNARTE/MINC – que agora leva o espetáculo “Guerras Desconhecidas” para feiras típicas nordestinas de cidades da Paraíba e Bahia.
FICHA TÉCNICA
Concepção e produção: Companhia Estudo de Cena.
Direção e dramaturgia: Diogo Noventa.
Elenco: Anderson Oliveira, Cau Peracio; Juliana Liegel; Marilza Batista; Nei Gomes e Roberto Kroupa.
Produção Executiva: Juliana Liegel.
Direção musical: Iraci Tomiato; Juh Vieira; Lucas Vasconcellos, Vinícius Hoffman e Roberto Kroupa.
Direção de Arte: Valter Mendes.
Assistente de Arte: Danielly Abreu.
Confecção do painel histórico: Marina Moll
Arte gráfica: Marcelo Berg
Assessoria de Imprensa: Luciana Gandelini
Registro foto/vídeo: Wilq Vicente, Fernando Solidade e Diogo Noventa
Motorista: Carlos Veloso
Fotos: Diogo Noventa e Wilq Vicente
Assessoria de imprensa: Luciana Gandelini
Reportagem de “bibiu do jatobá” em apoio as Artes Cênicas de Alagoa Grande.
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