Plenário da Assembléia Legislativa da Paraiba. |
A Assembleia Legislativa da Paraíba instalou quinta-feira passada a sua Frente Parlamentar em Defesa da Cultura. A decisão vai ao encontro de necessidades sociais urgentes. Nada mais urgente do que mobilizar instituições no sentido de promover visibilidade para o fenômeno da cultura.
Cultura como um prisma polissêmico, palavra-valise de muitos sentidos. Tanto é a instância em que nos produzimos espiritualmente através da descoberta de um sentido moral e do pensamento mítico de cada gesto, em que conquistamos conceitos como os de linguagem, tempo e espaço, de individualidade e de coletividade, como é o processo contínuo da prática múltipla da cotidianidade material e simbólica.
A frente parlamentar pode funcionar como lente de aumento para novos focos de visibilidade de necessidades, repito, urgentes, relativas à promoção das atividades culturais que ampliem inteligências e provoquem sensibilizações por toda a sociedade.
Cultura Popular -Uma forte atração paraibana |
A sociedade requer a construção pactuada com o poder público de uma agenda por parte da Frente que contemple aspectos como o financiamento de atividades culturais na perspectiva do empoderamento do setor para a expansão de políticas públicas.
Há recursos, mas eles são insuficientes para a dinamização de processos importantes como o atualmente executado pela Secretaria de Cultura do Governo do Estado. Refiro-me à interiorização dos procedimentos de incentivo através de projetos e programas de qualificação para as atividades, tanto ao nível da infraestrutura como ao do protagonismo.
É claro que simplesmente institucionalizar uma intenção não deve ser a consequência da audiência pública em que a Frente foi instalada, iniciativa do deputado Bosco Carneiro, autor do projeto, e que foi apoiada naquele momento pelos também deputados Anísio Maria, Branco Mendes, Ricardo Barbosa, e pela deputada Estela Bezerra. Uma agenda integrada deverá ser definida. E realizada.
Repentista Maria da Soledade e Severino Constantino - Um show de viola |
O fato de o Congresso Nacional acolher na atualidade um grande número de deputados e senadores processados por diversos crimes de corrupção e a amplitude de escândalos como os mensalões do PT e do PSDB e o do pluripartidário petrolão são circunstâncias decisivas para o agravamento da crise da representação.
O Conselheiro Severino Antonio (bibiu) - A Cultura do Brejo precisa de espaço e visibilidade. |
Agora, saímos da dimensão da instituição política em defesa da cultura para a defesa cultural que faz de si mesma a instituição política.
A análise histórica da política também enquanto uma verificação das implicações sociais, geracionais e institucionais das práticas de poder se dedica já há algum tempo à cultura política. Analisa e discute cientificamente, o que pressupõe teorias e métodos, portanto, sua dimensão antropológica quanto à representação na constituição da mentalidade das épocas, constituindo um imaginário específico que se elabora a partir de marcos míticos, de ritos, da linguagem, e de uma prática específica concreta. A dimensão sociológica, obviamente, é contemplada a partir da macroanálise da evolução do Estado e de sua estrutura formal através da história e de como a política se torna um fenômeno de massa e midiático.
O Forró dos Filhos de Jackson deram o tom festivo e animado da Assembléia |
O Coco de Embolada exigiu respeito as raízes culturas |
Repentista Severino Constantino - Nossa Cultura precisa de Espaço |
(Reproduzido do jornal A União, 10/05/2016)
Editado por Severino Antonio (bibiu) direto do site: PARAIBA JÁ
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