Dois artistas de grande
importância para a música popular brasileira, negros, têm uma estreita relação
com o coco. São eles: Jackson do Pandeiro e Bezerra da Silva, que se conheceram
em 1958, no Rio, e se tornaram parceiros de uma safra de 10 músicas.
JACKSON
DO PANDEIRO (1919-1982) é de Alagoa Grande, município onde fica
a comunidade quilombola Caiana dos Crioulos, e é filho de uma cantadora de
coco, Flora Mourão, pernambucana de Timbaúba, que lhe deu seu primeiro
instrumento: o pandeiro. Antes dos 07 anos completos, inicia-se na percussão,
substituindo o zabumbeiro que acompanhava sua mãe nas apresentações. Com 10
anos, substituiu de vez o instrumentista.
Os críticos ficavam abismados com a
facilidade de Jackson em cantar os mais diversos gêneros musicais: baião, coco,
samba-coco, rojão, xote, xaxado, arrastapé, quadrilha, além de marchinhas de
carnaval e frevo. O fato de ter tocado tanto tempo nos cabarés aprimorou sua
capacidade jazzística. Muitos o consideram o maior ritmista da história da
Música Popular Brasileira e, ao lado de Luiz Gonzaga, foi um dos principais
responsáveis pela nacionalização de canções nascidas entre o povo nordestino.
Música
“Coco do Norte”, do Jackson do Pandeiro
Composição:
Rosil Cavalcanti
Coco
“Sebastiana”, vídeo sensacional, TVE, 1979.
Composição:
Rosil Cavalcanti
BEZERRA DA SILVA
(1927-2005),
nasceu no Recife, e desde os 9 anos já tocava zabumba e cantava coco. Iniciado
na música pelo côco de Jackson do Pandeiro, começou, em 1950, sua carreira como
ritmista na Rádio Clube tocava tamborim, surdo e instrumentos de percussão em
geral. Suas primeiras composições, “O Preguiçoso” e “Meu Veneno”, foram
gravadas por Jackson. Os dois primeiros discos que Bezerra da Silva gravou são
dedicados ao coco: O Rei do Coco vol. I e II.
Música
“O Rei do Coco”, do Bezerra da Silva
Música
“Chico Chora”, composição do Bezerra, intérprete Jackson.
Pesquisa de
Kelly Santos
Produtora,
Dançarina e Coreógrafa
(11) 99354-4590
(Claro)
Reprodução de Severino Antonio (bibiu do jatobá).
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