quinta-feira, 31 de agosto de 2017

ALAGOA GRANDE COMEMORA HOJE, 98 ANOS DE JACKSON DO PANDEIRO COM FESTA E “CAMINHOS DO FRIO”



Cantor, instrumentista, compositor.   Nasceu em Alagoa Grande PB 31/8/1919 e faleceu em Brasília DF 10/7/1982. Desde criança interessou-se por música, pois na família da mãe todos tocavam algum instrumento ou cantavam coco, e ela mesma, que usava o nome artístico de Flora Mourão, era folclorista e cantora. 

Aos sete anos, tocou zabumba pela primeira vez, para acompanhar a mãe nos cocos. Desde cedo trabalhou na roça e aos 13 anos mudou-se com a família para Campina Grande PB, época em que o pai faleceu, a mãe deixou a carreira e ele teve que arranjar emprego em uma padaria. 
 
Aos 17 anos procurando as rodas de samba do Clube Ipiranga, em Campina Grande, chegou a substituir o baterista do conjunto que animava os bailes. Efetivado mais tarde como baterista, atuou ainda como ritmista em diversas festas da cidade. Transferiu-se depois para João Pessoa PB, onde tocou em vários cabarés, até que foi contratado para o regional da Rádio Tabajara.

 Apelidado desde criança de Jack, por ser tão magro quanto um ator de filmes de faroeste norte-americano, chamado Jack Perry, acrescentou o Zé, de seu nome, ficando Zé Jack, pseudônimo com que se transferiu para Recife PE. Contratado pela Rádio Jornal do Comércio, que estava sendo inaugurada, seu nome foi mudado para Jackson. Além de integrar os conjuntos regionais da emissora, também cantava músicas nordestinas e sucessos de Carnaval. 
 
Tinha então seu próprio pandeiro e, em 1953, época em que fazia dupla com Rosil Cavalcanti, gravou o primeiro disco, um 78 rpm pela Copacabana, com o coco Sebastiana (Rosil Cavalcanti) e o rojão Forró em Limoeiro (Edgar Ferreira). Pouco depois, lançou o segundo disco, com A mulher do Aníbal (Genival Macedo e Nestor de Paula) e Um a um (Edgar Ferreira), passando então a fazer uma série de gravações, na maioria cocos que a mãe cantava, como Ponta de pedra (tema folclórico), entre outros. 

Nessa época conheceu Almira Castilhos de Albuquerque (1924- 2011), ex-professora e funcionária da Rádio Jornal do Comércio, que cantava mambos e dançava rumbas, com quem formou a dupla Jackson do Pandeiro e Almira. Tendo obtido sucesso de palco com suas interpretações, foram para o Rio de Janeiro RJ em 1956, onde se casaram. Na mesma época, ele gravou o Xote de Copacabana (José Gomes), retornando a Recife, onde já não encontrou o mesmo campo favorável. 
 
Transferiu-se então definitivamente para o Rio de Janeiro, começando a atuar na Rádio Tupi e depois na Nacional. Apresentou-se posteriormente em São Paulo SP, nas rádios Record, Nacional e Bandeirantes. Seus grandes sucessos foram revividos mais tarde pelo grupo baiano, principalmente Gilberto Gil, que regravou O canto da ema (D. Aires Viana, Alventino Cavalcanti e João Vale) e Chiclete com banana (Gordurinha), e Gal Costa, que regravou Sebastiana. Em 1967 desquitou-se de Almira desfazendo a dupla. 

Atuou mais tarde na Rádio Globo, animando um programa de forró com Adelson Alves, e formou um conjunto integrado por quatro elementos e a segunda esposa Neusa, gravando todos os anos músicas para festas juninas e Carnaval, além de animar forrós e apresentar-se na televisão. 
 
Também foram sucessos seus: Boi brabo (Rosil Cavalcanti), Eta, baião! (Marçal de Araújo), Casaca de couro e A popularidade de Jackson do Pandeiro. Em 1995 a gravadora ABW, que comprou o acervo da Copacabana, lançou dois CDs Sua majestade o rei do ritmo e Forró do Jackson. Seus sucessos continuam sendo regravados: Elba Ramalho relançou Eu vi o toque da sanfona me chamar; o grupo Paralamas do Sucesso, Um a um (Edgar Ferreira), grande êxito da década de 1950; CDs Forró do Jackson, 1997, Copacabana 99.301; Sua majestade, o rei do ritmo, 1997, Copacabana 99.300.

Edição de Severino Antonio (bibiu)
Ex-secretário da Cultura de Alagoa Grande, terra de Jackson do Pandeiro.
Contatos: fone/zap 9 9369 3233 - severinopb@uol.com.br


terça-feira, 29 de agosto de 2017

CAMINHOS DO FRIO DE ALAGOA GRANDE TEM “OS FILHOS DE JACKSON” NA NOITE DE ABERTURA


"Os Filhos de Jackson" mantendo as raízes do mestre no Caminhos do Frio

 O conjunto musical “Os Filhos de Jackson” fez um brilhante apresentação na noite de abertura do “Caminhos do Frio” de Alagoa Grande, na noite de sua abertura, nesta segunda-feira, 28 de agosto conforme foi amplamente anunciada.
PREFEITO DR ANTONIO SOBRINHO DANDO AS BOAS VINDAS A TODOS E TODAS
 Com a presença de diversas autoridades como Prefeitos da Região do Brejo, Deputado Estadual Bruno Cunha Lima, Deputado Federal Rômulo Gouveia, Presidente da FECOMERCIO, SEBRAE, PBTUR, Governo do Estado, Fórum do Turismo do Brejo, Professores, Artistas, (...) e o povo em geral, deu-se início em Alagoa Grande a ultima semana do Roteiro Turístico Caminhos do Frio que neste Município recebe o nome de “Jackson do Pandeiro”.
O impecável Mestre de Cerimônia JOSÉ MACIEL (Ator e Diretor de Teatro).
 O evento teve a abertura da Banda de Música Cônego Firmino Cavalcante, artistas locais, Mestre de Cerimônia José Maciel, Isaías Vicente (o perfeito cover de Jackson), Lizandra Belo, (...), Coordenação do Secretário Marcelo Félix e Gestão do Prefeito Dr. Antonio Sobrinho que deu as boas vindas as autoridades, aos artistas e ao povo em geral.
 CLICK E ASSISTA A "OS FILHOS DE JACKSON" - CAMINHOS DO FRIO 2017
TEATRO SANTA IGNÊZ - ABERTURA - ALAGOA GRANDE
Foi uma noite marcante e em todos os recantos do Teatro Santa Ignêz nos deparávamos com belíssimos cenários construídos pelo Diretor e Artista Plástico Eudes Vidal (dedeu) e a presença do Artesanato local completou o visual da festa que teve ainda a presença do movimentado stand da Cachaça e Licores “Do Barril” e outras da região do brejo.
MAESTRO CORREIA e a BANDA DE MÚSICA CÔNEGO FIRMINO CAVALCANTE
 O conjunto musical “Os Filhos de Jackson” se apresentou no Teatro e a pedido da gestão, fez uma nova apresentação no Palco Central da Festa para o povo e as autoridades que terminou com um grande baile popular uma vez que a empolgante música do Grupo, reproduz na perfeição, os bailes populares em que Jackson do Pandeiro tanto participou e fazia vibra a todos e todas com seu mais autêntico forró pé-de-serra.
ISAÍAS VICENTE - O MAIS PERFEITO COVER DE JACKSON DO PANDEIRO
 E assim será, até domingo dia 03, com o encerramento movido pela grande CAVALGADA, Alagoa Grande continuará a vivenciar esta festa que trás visitantes de todo o Nordeste para dançar forró, degustar de nossas maravilhosas cachaças, de nossa rica culinária e vivenciar as mais genuínas e marcantes atrações culturais que só a terra de Jackson do Pandeiro e Margarida Maria Alves tem para oferecer ao distinto público.

Acesse o Roteiro completo e suas atrações através do site: CAMINHOS DO FRIO - ALAGOA GRANDE

Reportagem de   Severino Antonio (bibiu)
 
 

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

EM ALAGOA GRANDE, ATIVISTAS CULTURAIS OFERECEM PROPOSTAS PARA O PPA E A LOA 2018

ATIVISTAS CULTURAIS OFERECEM PROPOSTAS PARA O PPA e a LOA
A Prefeitura de Alagoa Grande, Brejo paraibano, através da Secretaria de Finanças, realizou na manhã desta quarta-feira (16) uma audiência pública para apresentar o Plano Plurianual (PPA) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). O encontro aconteceu no auditório da Prefeitura e reuniu em sua maioria, defensores, articuladores e ativistas culturais do município.

Inicialmente a comissão apresentou as propostas elaboradas e ouviu dos participantes ideias que poderão serem inclusas no Plano Plurianual (PPA), que é o orçamento previsto pela a administração, e que serão aplicados corretamente nos próximos quatro [4] anos, que são; 2018, 2019, 2020 e 2021.

Seguindo o mesmo contexto, os participantes apresentaram sugestões que serão analisadas e incluídas na Lei Orçamentaria Anual (LOA) de 2018. A LOA é elaborada dentro de um plano previsto pela administração municipal, onde os recursos são destinados a vários setores que devem ser utilizados durante o ano que prevalece a aprovação do projeto.  
A comissão marcou um prazo até o dia 31 de agosto, decorrente ano, para que novas ideias possam surgir. Após o prazo se esgotar, o PPA e a LOA serão entregues na Câmara de Vereadores, os parlamentares analisarão as propostas e colocarão em votação. 

Editado por Severino Antonio (bibiu) com informações colhidas no site Blog do Galdino

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

WELLINGTON MELO, JOVEM CANTOR ALAGOAGRANDENSE, CONSEGUE O SEGUNDO LUGAR NO FESTIVAL W. MUSIC



WELLINGTON MELO - VICE CAMPEÃO DO FESTIVAL W. MUSIC PB 2017

 O jovem cantor alagoagrandense WELLINGTON MELO se consagrou como vice-campeão do Festival W. MUSIC paraibano na noite deste dia 17, evento acontecido na Igreja Batista Central de Bayeux.

WELLINGTON MELO APLAUDIDO PELOS CANTORES ROBSON MONTEIRO e FERNANDA BRUM
Concorrendo com cinquenta concorrentes vindos de diversas cidades do Estado, Wellington ficou entre os cinco primeiros colocado e foi pra final, na mesma noite, conseguindo o segundo lugar no festival.
O ABRAÇO ESPECIAL DO CANTOR GOSPEL, ROBSON MONTEIRO
Elogiado pelo diretor do festival, Wellington Correa, o mesmo também foi super aplaudido e prestigiado pelos jurados da noite dentre os quais a cantora gospel Fernanda Brum e o cantor Robson Monteiro, que foi um dos vencedores do Programa Raul Gil e se colocaram de braços abertos para apoiarem o jovem cantor.
WELLINGTON CORREA  diretor da gravadora W. MUSIC e WELLINGTON MELO
Mantendo a fama e tradição de que a Terra de Jackson do Pandeiro é um celeiro de bons artistas, Alagoa Grande coloca mais esta celebridade em seu acervo de destacados nomes.   Wellington Melo passa a desfrutar deste quadro seleto do lado do Rei do Ritmo.
WELLINGTON RECEBE O CARINHO DOS FAMILIARES
 Uma caravana composta de familiares, amigos, apoiadores e admiradores do jovem cantor, o acompanhou para torcer e vibrar ao lado do jovem na certeza de que Ele iria brilhar e fazer bonito, como fez, deixando a todos, principalmente seus familiares, pessoas simples e humildes, moradores da Rua Eneas Cavalcante, muito alegres e orgulhosos.
WELLINGTON EM MOMENTO ESPECIAL COM SUA AMADA
 Com vários shows já marcados e a gravação de seu 3º CD em andamento, Wellington Melo ao ser reconhecido por uma Gravadora a nível nacional como a W. MUSIC, com certeza as portas para o grande público nacional foram abertas.
WELLINGTON com SEVERINO ANTONIO (bibiu) - CULTURA DE ALAGOA GRANDE
 “PARABÉNS WELLINGTON MELO, ALAGOA GRANDE O PARABENIZA E SE ORGULHA DE VOCE


domingo, 6 de agosto de 2017

ZABÉ DA LOCA - ADEUS A ETERNA RAINHA DO "PIFE"

Zabé chegou a se apresentar, em 2004, com Hermeto Pascoal no Fórum Cultural Mundial. Foto: Facebook/Reprodução
Zabé chegou a se apresentar, em 2004, com Hermeto Pascoal no Fórum Cultural Mundial. 

A artista pernambucana radicada na Paraíba Zabé da Loca faleceu na manhã deste sábado (5), na Zona Rural do município de Monteiro, no Sertão do Cariri, Paraíba. Aos 93 anos de idade, a instrumentista, que se consagrou como mestra da música popular nordestina no pífano, enfrentava a doença de Alzheimer.  Segundo informações de familiares, a pifeira será velada durante toda a manhã deste sábado, na casa onde morava, na Comunidade Santa Catarina. À tarde, a partir das 13h, o velório deve ser transferido para o Memorial Zabé da Loca, complexo turístico inaugurado em 2016 para celebrar a trajetória e memória da artista. A despedida final deve ocorrer no cemitério municipal de Monteiro, às 10h do domingo (6).


 Nascida Isabel Marques da Silva, no município de Buíque, no Agreste pernambucano (localizada a 284 km do Recife), a musicista ganhou ou título de Zabé da Loca por morar, durante 25 anos, dentro de uma pequena gruta na mesma região. Descoberta por integrantes do projeto Dom Helder Câmara, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, o apelido se tornou nome artístico.
 O primeiro registro de sua carreira foi realizado apenas em 2003, aos 79 anos, quando gravou o álbum Canto do Semi-árido, com composições próprias, além de versões de melodias dos criadores do baião, Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. Aos 85 anos, em 2009, foi eleita Revelação da Música Popular Brasileira, no Prêmio da Música Brasileira.

Confira videorreportagem com Zabé da Loca:


 Texto Díário de PErnambuco
Severino Antonio (bibiu do jatobá).

A CADA ÍDOLO QUE SE VAI



Aos pedaços me mato
Em cada ídolo que se vai
São partes de meu todo,
Parte de meu tempo
as vezes mau, as vezes bem
Vividos.

Soam como dores,
Como vazios, como gemidos.
São lágrimas, angustias
Que se acumulam pelo tempo
Em cada choro reprimido.

A cada ídolo que se vai
São pedaços de minha vida.
São retratos de um tempo.
Pipocar de memórias esquecidas.

Não sei se é melhor viver
E sofrer em cada despedida,
Ou se é melhor morrer
Para não viver a cada dia
A dor de muitas partidas.

Viver, morrer,
Morrer, viver,
Eis a questão... da vida.

Pedaços de mim que se vão
Em cada choro uma canção
Em cada dor de uma partida..

Em homenagem aos ídolos que se vão.
Alagoa Grande, PB  -  Agosto de 2017.