2019 O BRASIL COMEMORA OS 100 ANOS DE NASCIMENTO DE JACKSON |
O ano de 2019, no âmbito da cultura nacional e nordestina, será
bastante reverenciado como o Ano Cultural de Jackson do Pandeiro,
considerado o maior ritmista do Brasil, em virtude das comemorações do
seu centenário de nascimento. Filho do Brejo Paraibano, natural do
município de Alagoa Grande, o Rei do Ritmo (como ficou conhecido) será
tema de muitas atividades culturais em várias partes do Brasil, conforme
já vem sendo anunciado por algumas instituições.
"A ÓPERA DO PANDEIRO" UM DOS MAIS COMPLETOS MUSICAIS DO TEATRO PARAIBANO |
A Prefeitura
Municipal de Guarabira, através da Secretaria de Cultura e Turismo, (Secretário Tarcísio Pereira), abre
o ano de 2019 em celebração ao centenário do artista paraibano Jackson
do Pandeiro. Nesta quinta-feira, 17, e amanhã, 18, três eventos serão realizados em praça pública, um dos quais no Teatro
Municipal Geraldo Alverga, o que terá continuidade com uma exposição de
artistas do brejo com o tema do músico, a se realizar na Galeria de
Artes Antônio Sobreira.
A EVOLUÇÃO DO SOM DE JACKSON ATRAVÉS DA BANDA "JACKSON ENVENENADO" |
Banda “Jackson Envenenado”
Hoje,17, o Teatro Municipal abre as portas ao público para o
espetáculo “A Ópera do Pandeiro”, um musical produzido pelo Grupo Teatral
“Bichoderruma”, da cidade de João Pessoa, e que vai fazer uma turnê por
várias cidades da Paraíba ao longo ano, contando a história do músico. O
espetáculo é escrito e dirigido por Misael Batista e conta com um grande
elenco de atores, cantores e bailarinos. A entrada, na noite (quinta-feira) será gratuita, a partir das 20 horas.
Ainda nesta quinta-feira, na Praça João Pessoa, a banda “Jackson
Envenenado”, formada por músicos de Alagoa Grande, será a atração
musical em homenagem ao ritmista. A banda, que já tem três discos
gravados, interpreta várias canções de Jackson do Pandeiro com uma
linguagem musical que entrelaça o forró, o rock, o samba, o coco, maracatu e
outros ritmos.
O GRUPO "OS FILHOS DE JACKSON"(ALAGOA GRANDE), MATEM AS RAÍZES DO MESTRE |
Grupo “Os Filhos de Jackson”
As homenagens em Guarabira terão continuidade amanhã, sexta-feira (18), com
apresentação de “Os Filhos de Jackson”, grupo musical que nasceu em 2009
visando preservar e difundir a obra de Jackson do Pandeiro, no estilo
forró pé de serra envolvendo sanfona, triângulo, zabumba, percussão e
vocal. O show acontecerá também na praça João Pessoa, dentro do projeto
“100 Anos de Jackson em Guarabira”.
JACKSON DO PANDEIRO, O "REI DO RITMO" - DE ALAGOA GRANE, PB, PARA O MUNDO |
QUEM FOI JACKSON do PANDEIRO –
Paraibano de Alagoa Grande, Jackson nasceu em 31 de agosto de 1919, no Engenho Tanques, com o nome de José Gomes Filho. Ele era filho de uma cantadora de coco, Flora Mourão. Através dela, ainda na infância, o futuro ritmista começou a tomar gosto pelo ritmo como tocador de zabumba. Após a morte do pai, José Gomes, no início dos anos 30, a família decide mudar-se para Campina Grande. A pé, Flora e três filhos. José (Jackson), Severina e João, vão tentar uma nova vida, após quatro dias de viagem.
Em Campina Grande, Jackson trabalhou como
engraxate e ajudante de padaria. Nas feiras conviveu com artistas
populares, como coquistas e violeiros. Seu nome artístico originou-se
das brincadeiras de criança, ainda em Alagoa Grande, dos filmes de
faroeste, no tempo do cinema mudo, onde se autodenominava Jack,
inspirado em Jack Perry, artista dos referidos filmes. O apelido pegou
e, em Campina Grande, após iniciar como pandeirista, ficou conhecido
como Jack do Pandeiro, passando a acompanhar artistas da terra.
Mudou-se
para João Pessoa nos anos 40 e continuou sua vida de músico tocando em
boates e cabarés – sendo, logo a seguir, contratado pela Rádio Tabajara
para atuar na orquestra daquela emissora, sob a batuta do maestro
Nozinho. Quando o maestro Nozinho foi contratado para a Rádio Jornal
Comércio-Recife, levou alguns membros da orquestra Tabajara, entre eles
Jackson do Pandeiro.
CLIQUE AQUI PARA OUVIR JACKSON DO PANDEIRO
Somente em 1953, com 35 anos, Jackson gravou o seu primeiro grande sucesso: “Sebastiana”, de Rosil Cavalcanti. Logo depois, emplacou outro grande hit: “Forró em Limoeiro”, rojão composto por Edgar Ferreira. No Rio de Janeiro, trabalhando na Rádio Nacional, alcançou grande sucesso com “O Canto da Ema”, “Chiclete com Banana” e “Um a Um”. Os críticos ficavam abismados com a sua facilidade em cantar os mais diversos gêneros musicais: baião, coco, samba-coco, rojão, além de marchinhas de carnaval.
Jackson faleceu em 10 de junho de 1982,
aos 62 anos, em pleno turnê pelo país. Morreu em Brasília, onde tinha
participado de um show e passou mal no aeroporto, antes de embarcar para
o Rio de Janeiro.
Mais sobre JACKSON DO PANDEIRO acesse o site: SEBASTIANA - YOU TUBE
EDIÇÃO e FOTOS DE Severino Antonio (bibiu do Jatobá)
GUARABIRA - TEATRO GERALDO ALVERGA - PALCO DAS HOMENAGENS A JACKSON DO PANDEIRO |
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