EM ALAGOA GRANDE O ENGENHO LAGOA VERDE OFERECE O RESTAURANTE BANGUÊ, um cartão postal da gastronomia nordestina e, a CACHAÇA VOLÚPIA, várias vezes campeã a nivel nacional. (bibiu)
Turismo de experiência permite ao visitante vivenciar processo de produção.
Engenhos oferecem passeios pela área rural e degustação da cachaça.
A produção e venda de cachaça no Engenho Triunfo foi o começo do empreendimento (Foto: Arquivo Sebrae)
Após sete anos de experimento e alguns insucessos, a professora Maria Júlia de Albuquerque Baracho e o agricultor Augusto Baracho montaram um engenho no município de Areia, a 135 km de João Pessoa. Há vinte anos, a empresa produzia sua cachaça, que passou a ser citada entre as melhores do país. No turismo ofertado no Brejo paraibano há o contato mais direto com engenhos como o dos Baracho, a degustação da cachaça e passeios pela área rural, como atesta Regina Amorim.
Com menor concentração de álcool como nos produtos fabricados em Minas Gerais, por exemplo, Maria Júlia Baracho cita que a intenção era de produzir uma cachaça não muito forte. “Inicialmente, o padrão era o meu paladar. A cachaça em geral chega até 46% de concentração de álcool, mas fomos fazendo testes. Hoje a concentração do álcool na cachaça que produzíamos há vinte anos se tornou referência”, disse.
A empresa fundada por Maria Júlia e Augusto produz 250 mil garrafas de cachaça por mês, abastece os estados da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte e não dá mais conta dos pedidos. “O planejamento foi o diferencial para que a gente conseguisse o êxito com o investimento feito naquela época, que, reforço, não foi rápido. São 20 anos de trabalho para ter um sucesso repentino na visão das pessoas de fora”, reforça.
Engenho investiu em serviços que agregaram valor
à venda de cachaça. (Foto: Arquivo Sebrae)
à venda de cachaça. (Foto: Arquivo Sebrae)
Outro engenho que funciona em Alagoa Grande, a 118km de João Pessoa, produz cachaça desde 1946. De lá para cá, a marca ampliou os níveis de público, segundo Vicente Lemos. “A cachaça era muito discriminada, por isso o desafio era a mudança de cultura. De 1998 para cá, a cachaça conquistou boa parte do mercado classe A e B, que não tinha alcance”, disse.
Vicente Lemos conta que a retomada da produção em escala comercial ocorreu na década de 1980 e até a consolidação da cachaça como produto viável precisou de muita perseverança. “Todo o sofrimento não era só meu, mas de todos os produtores de cachaça da região com as mudanças econômicas. Se for lembrar mesmo daquele período de inflação alta e descontrole da economia me daria depressão”, frisou.
Vicente Lemos conta que a retomada da produção em escala comercial ocorreu na década de 1980 e até a consolidação da cachaça como produto viável precisou de muita perseverança. “Todo o sofrimento não era só meu, mas de todos os produtores de cachaça da região com as mudanças econômicas. Se for lembrar mesmo daquele período de inflação alta e descontrole da economia me daria depressão”, frisou.
Sobremesa flambada com cachaça é atrativo no
Brejo (Foto: Cácio Murilo / Sebrae-PB)
Brejo (Foto: Cácio Murilo / Sebrae-PB)
Atualmente, nos 35 hectares pertencente ao Engenho Triunfo, que mantém uma produção diária de até 6 mil litros de cachaça de mesmo nome por dia, o número de funcionários nesses vinte anos subiu e chega até 86 no período da safra.
Dos três empregados iniciais em 1994, o Engenho atualmente emprega 56 pessoas e no período de safra o número chega a 86 e tem recusado novos pedidos a exemplo dos de exportação para a Espanha, França, Itália, Alemanha e Portugal, mas sem condições de fornecer a cachaça por ter a produção comprometida com o mercado já estabelecido. “Teríamos que crescer mais para dar conta dos novos pedidos”.
Por outro motivo, a cachaça produzida na Triunfo não está no mercado exterior. Vicente Lemos, proprietário do produto, comentou que é preciso ainda que o mercado exterior conheça cachaça como produto. “Confundem a cachaça com a caipirinha, que é um subproduto da primeira”, disse. Por isso, a produção de 180 mil litros de aguardente no período de safra, de outubro a março, é distribuída nos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Norte e o Distrito Federal. “Deixamos de exportar desde 2001 porque não existe um mercado para a cachaça lá fora ainda”, enfatizou.
FONTE - http://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2014/07/engenhos-sao-atrativos-do-brejo-da-paraiba-durante-circuito-do-frio.html
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