Quando, em 1954, Almira Castilho, aceitou um convite para participar do coro de Sebastiana, que seria cantada por Jackson do Pandeiro, não imaginou o quanto aquilo iria afetar sua vida. Nascida em Olinda, ex-professora, ela na época iniciaria uma promissora carreira na Rádio Jornal do Commercio como rumbeira e radioatriz.
Morena bonita, alta, corpo violão, olhos claros, descendente de espanhóis, dificilmente se poderia pensar que ela se enamorasse de Jackson do Pandeiro, um paraibano, baixinho e longe de qualquer padrão de beleza a que fosse comparado. E mais: nem era ainda famoso, estava contratado pela radio como simples pandeirista.Porém, assim como era exímio intérprete de frevos, cocos, xotes e o que mais viesse, o paraibano era também bom de papo e, logo, ele e Almira Castilho não apenas namoravam como começaram uma das mais famosas duplas da música brasileira.
Almira era parceira de palco do ex-marido, com quem emplacou sucessos nas décadas de 50 e 60 como “A mulher de Aníbal” e “Forró em Limoeiro”. Além disso ela atuou como atriz de rádio e chegou a participar de oito filmes entre 1958 e 1962.
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