segunda-feira, 29 de abril de 2013

Faltam espaços para exibição do cinema nacional


Em entrevista coletiva por ocasião do lançamento de “Giovinni Improtta”, que abriu o Festival Cine PE, em Olinda, o ator José Wilker trouxe uma questão importante sobre o cinema nacional: a falta de espaços para exibição destes filmes.

 O festival começou nesta sexta-feira (26.04) e segue até o próximo dia 2. Nesta entrevista, disponível no portal UOL, Wilker aponta que o país vive um “surto cinematográfico”, mas que a atual retomada do cinema brasileiro caiu na armadilha da falta de espaços para exibição dos filmes.

"Governos criaram sistema de financiamento para a produção de cinema, mas não se preocuparam em equipar o país para o consumo desse produto", aponta o ator. Ele frisa que apesar de não haver mais “complicações de 20 anos atrás”, nosso cinema “é invisível”.

Wilker conta sobre a comédia "Giovanni Improtta", longa que abriu a mostra do Festival, e faz uma reflexão sobre o gênero, respondendo de antemão às críticas em torno da produção de comédias no país. Segundo ele, essa ideia de que as comédias dominam a produção cinematográfica hoje é um “outro surto perigoso”.

O ator cita como exemplo obras de grande sucesso nacional como “Carandiru”, “Dois Filhos de Francisco”, “Tropa de Elite” e “Volta ao Lar”, que não são comédias. E questiona "porque duas ou três deram certo, agora é só comédia?" Ele explica, também, que criar um “Giovanni Improtta" engraçado foi sua “última pretensão”.

O filme, explica Wilker, é sobre um personagem típico do Rio de Janeiro que não consegue ascender na vida. "É uma crítica a esse cara e a esse universo do jogo de bicho, porém, não sisuda, com ironia". Ele aponta que o filme traz uma síntese de vários personagens brasileiros, muitos feitos por ele mesmo, como Roque Santeiro e o Homem da Capa Preta.

Confiram aqui a íntegra da entrevista de Wilker.

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