Dez anos depois de ser criada e
após ter sua extinção cogitada nos Governos do PT – os dois de Lula e o
atual da Presidente Dilma Rousseff – a Secretaria Especial de Políticas
de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), ainda luta para deixar de ser
apenas um gueto de negros na Esplanada e influenciar as políticas
públicas nos demais ministérios que favoreçam aos 50,7% da população
brasileira. Por ora, o objetivo da transversalidade – a proposta de
influenciar as políticas em todas as áreas, uma vez que os negros são
maioria no país – continua sendo apenas isso: um objetivo.
Nos 10 anos, quatro ministros passaram pela Secretaria – que ganhou status de ministério na gestão do deputado Edson Santos, não pela importância da agenda, mas pela necessidade do titular do cargo: se permanecesse só Secretaria, sem status de ministério, o deputado teria que renunciar ao mandato de deputado federal pelo PT do Rio para assumir, após a exoneração da primeira titular – a ex-ministra Matilde Ribeiro –, que caiu tragada pelo escândalo dos cartões corporativos.
Depois da gestão de Santos veio a do seu secretário executivo, Elói Ferreira de Araújo e, atualmente, da socióloga Luiza Bairros. Num curto período entre Matilde e Edson Santos, Martvs Chagas, dirigente do PT mineiro – o único negro a fazer parte da direção nacional do Partido num certo período -, assumiu interinamente.
A gestão da atual ministra entrou em atrito com alas de negros do PT, inclusive no seu Estado – a Bahia – e sua permanência no cargo é atribuída mais a pouca importância que o Governo dá a Secretaria – vista apenas como uma forma de manter o movimento negro atrelado ao Partido – e a ausência de candidatos interessados no cargo. “Ela está ficando por W.O.”, disse a Afropress, uma fonte da direção do PT, pedindo que seu nome fosse mantido em sigilo, numa referência a situação em que um time ganha o jogo por ausência de adversário.
Além de ter o menor orçamento da Esplanada e cerca de 91 funcionários, independente do estilo de cada ocupante do cargo, as quatro gestões apresentaram um ponto em comum: a baixa execução orçamentária. Ou seja: mesmo o pequeno orçamento nunca chegou a ser integralmente executado
Nos 10 anos, quatro ministros passaram pela Secretaria – que ganhou status de ministério na gestão do deputado Edson Santos, não pela importância da agenda, mas pela necessidade do titular do cargo: se permanecesse só Secretaria, sem status de ministério, o deputado teria que renunciar ao mandato de deputado federal pelo PT do Rio para assumir, após a exoneração da primeira titular – a ex-ministra Matilde Ribeiro –, que caiu tragada pelo escândalo dos cartões corporativos.
Depois da gestão de Santos veio a do seu secretário executivo, Elói Ferreira de Araújo e, atualmente, da socióloga Luiza Bairros. Num curto período entre Matilde e Edson Santos, Martvs Chagas, dirigente do PT mineiro – o único negro a fazer parte da direção nacional do Partido num certo período -, assumiu interinamente.
A gestão da atual ministra entrou em atrito com alas de negros do PT, inclusive no seu Estado – a Bahia – e sua permanência no cargo é atribuída mais a pouca importância que o Governo dá a Secretaria – vista apenas como uma forma de manter o movimento negro atrelado ao Partido – e a ausência de candidatos interessados no cargo. “Ela está ficando por W.O.”, disse a Afropress, uma fonte da direção do PT, pedindo que seu nome fosse mantido em sigilo, numa referência a situação em que um time ganha o jogo por ausência de adversário.
Além de ter o menor orçamento da Esplanada e cerca de 91 funcionários, independente do estilo de cada ocupante do cargo, as quatro gestões apresentaram um ponto em comum: a baixa execução orçamentária. Ou seja: mesmo o pequeno orçamento nunca chegou a ser integralmente executado
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