quinta-feira, 22 de maio de 2014

O PENSAMENTO DE CHICO CÉSAR SOBRE O FINANCIAMENTO DA CULTUA

Corroboro com a ideia de que o Estado não deve suprir a incipiência do mercado cultural. Em relação à arte, deve promovê-la e incentivá-la, criando políticas de fomento ao processo criativo/produtivo, construindo e ampliando salas de espetáculo, possibilitando crédito aos produtores, fortalecendo a profissionalização, etc. Mas não deve ter como norte a subsistência dessa produção, como tem muito artista que defende.
“É preciso separar bem o que é o Estado e o mercado da cultura, porque o mercado é voraz e ele quer sugar tudo do Estado. Há uma relação imprópria entre empresários, artistas e políticos. Se você faz um evento pagando R$125 mil a uma banda só, acabou o dinheiro da Cultura! O Estado não é uma creche de artistas, é também para cuidar disso, mas não só. Quando disse que não iria financiar dupla sertaneja e forró de plástico na festa junina da Paraíba, teve grande repercussão nas mídias sociais. Não é uma questão de gosto, mas de valorizar artistas que têm relação com o território e que não são contemplados pelo mercado. E a Secretaria de Cultura foi criada para refletir e fortalecer a cultura popular e o patrimônio cultural. O Gilberto Gil tem uma musica que diz 'o povo sabe o que quer, mas também quer o que não sabe' e eu acredito nisso, na formação de público”.
É o que disse Chico César, músico paraibano e atual Secretário de Cultura do Governo da Paraíba, no ‪#‎EmPrimeiraPessoa‬ de hoje.

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