Corroboro
com a ideia de que o Estado não deve suprir a incipiência do mercado
cultural. Em relação à arte, deve promovê-la e incentivá-la, criando
políticas de fomento ao processo criativo/produtivo, construindo e
ampliando salas de espetáculo, possibilitando crédito aos produtores,
fortalecendo a profissionalização, etc. Mas não deve ter como norte a
subsistência dessa produção, como tem muito artista que defende.
“É
preciso separar bem o que é o Estado e o mercado da cultura, porque o
mercado é voraz e ele quer sugar tudo do Estado. Há uma relação
imprópria entre empresários, artistas e
políticos. Se você faz um evento pagando R$125 mil a uma banda só,
acabou o dinheiro da Cultura! O Estado não é uma creche de artistas, é
também para cuidar disso, mas não só. Quando disse que não iria
financiar dupla sertaneja e forró de plástico na festa junina da
Paraíba, teve grande repercussão nas mídias sociais. Não é uma questão
de gosto, mas de valorizar artistas que têm relação com o território e
que não são contemplados pelo mercado. E a Secretaria de Cultura foi
criada para refletir e fortalecer a cultura popular e o patrimônio
cultural. O Gilberto Gil tem uma musica que diz 'o povo sabe o que quer,
mas também quer o que não sabe' e eu acredito nisso, na formação de
público”. É o que disse Chico César, músico paraibano e atual Secretário de Cultura do Governo da Paraíba, no #EmPrimeiraPessoa de hoje.
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