Desde 1967 o orador visita
Portugal, onde falou recentemente a um público numeroso em 11 diferentes
cidades
Divaldo visita Portugal desde o mês de agosto de 1967, quando se encontrava no poder o célebre ditador Salazar, que havia fechado a Federação Espírita Portuguesa e todas as instituições que praticavam a doutrina dos Espíritos no país. A velha ditadura de frutos amargos e de cruéis perseguições era temida e detestada, ameaçando de cárcere espíritas, maçons e comunistas...
No ano referido, convidado por amigos para
pronunciar uma série de conferências no país, o então jovem orador aceitou o
desafio e realizou um périplo incomum, falando às escondidas em verdadeiras
catacumbas, revivendo os dias apostólicos no mundo romano do passado. Às
ocultas, teve públicos expressivos, (re)iniciando o movimento espírita que, a
partir daquele ano, renasceu e hoje é o mais expressivo da Europa, qual ocorreu
também na Espanha franquista, no mesmo período.
Este ano, assim que concluiu a jornada realizada no
Rio Grande do Sul, Divaldo seguiu no dia 21 de outubro para Portugal, onde
cumpriria compromissos doutrinários em 11 cidades, no período de 22 de outubro a
2 de novembro.
A conferência inicial, no dia 22, foi proferida na
sede da Federação Espírita Portuguesa, na grande Lisboa, na cidade de Amadora,
onde um expressivo público compareceu para ouvir a palavra vibrante de Divaldo.
Ao ser encerrado o ato Divaldo foi aplaudido de pé demoradamente havendo
concedido autógrafos antes e depois do Evento.
Coimbra – Na noite de 23, quinta-feira, Divaldo esteve em
Coimbra, Portugal, participando do 3º Movimento Você e a paz, de sua autoria,
sob os auspícios do Grupo de Estudos Espíritas Allan Kardec, dirigido por
Fernando e Leonor Lobo, dessa cidade.
Iniciou-se uma caminhada pela
paz às 18h saindo da sede da Câmara de Vereadores com destino ao
Gru-
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po, distante 3 quilômetros.
Na abertura houve uma parte cultural e artística, na qual se apresentou uma
criança violinista que desde os 3 anos de idade, sem mestres, começou a tocar
maravilhosamente. Agora, com 7 anos e estudando, apresentou duas peças, uma das
quais, um trecho (Primavera) das Quatro Estações, de
Vivaldi.
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O evento contou com a participação de uma banda dos
Bombeiros. Após a exibição da banda, os presentes adentraram, de imediato, a
sede da Instituição, que comportou quase 400 pessoas.
Às 21h30 houve a parte artística em que o pequenino
Fernando apresentou-se mais uma vez, logo seguido por excelente cantor e
violonista apresentando música de Coimbra. Fernando Lobo explicou o de que se
tratava o Movimento e o seu autor, passando-lhe a palavra.
Divaldo abordou o tema da paz por 50 minutos,
explicando a razão do título da campanha, por fundamentar-se essencialmente na
transformação moral para melhor do indivíduo, ampliando-se em direção ao mundo.
Narrou momentos culminantes nas vidas de Nelson Mandela e Mahatma Gandhi,
apresentando experiências pessoais e encerrou o evento, aplaudido de pé pelo
público demoradamente. Concluída a atividade, houve um jantar e Divaldo retornou
ao Hotel.
Viseu – No dia 24 de outubro, sexta-feira, as atividades
tiveram lugar em Viseu. Merece recordar que no ano de 1967, quando Divaldo
visitou Portugal pela primeira vez, durante o regime salazarista, que proibia a
prática do Espiritismo, falou na aldeia de Encoberta (em Viseu), à meia-noite,
para apenas 20 pessoas corajosas que o foram ouvir às escondidas. Desde então
tem volta-
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do com frequência e hoje
existem várias instituições, inclusive a extraordinária Associação
Espiritualista de Viseu, que o recebeu mais uma vez, sob a presidência do Cel.
Arnaldo Costeira e o auditório de quase mil pessoas que o
superlotaram.
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Após a abertura da reunião e a parte artística,
Divaldo abordou o tema A descida pelo telhado, na qual o paralítico Natanael Bem
Elias foi curado por Jesus.
Analisando o problema das curas físicas, Divaldo
lembrou que a missão do Espiritismo é a cura interior, a do Espírito, de onde
procedem todos os acontecimentos que envolvem o ser na jornada redentora.
Durante uma hora Divaldo manteve o auditório comovido, face aos paralelismos
feitos sobre Jesus e o Espiritismo, culminando com a Oração da
gratidão.
Ovacionado demoradamente, conviveu com os amigos
queridos e seguiu em viagem ao Porto, onde chegou às 12h30, para viajar em
seguida para Funchal, a partir das 4h45, num esforço hercúleo.
Funchal – No dia 25, Divaldo chegou ao Funchal onde foi
recebido pela nossa irmã Manuela e mais um membro da Instituição que lhes
patrocinava a jornada, realizando um Minisseminário entre 15h às 18h30 na bela
sala de uma Escola, para um público de 240 pessoas que a
repletavam.
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A lotação esgotou-se havia
duas semanas, havendo uma enorme fila de
espera...
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O tema debatido foi As bênçãos da mediunidade,
ensejando ao nosso Divaldo fazer um panegírico em torno dessa faculdade na
História da humanidade, após o advento do Espiritismo e a sua missão na
atualidade. Com dois módulos de 1h30 e um intervalo de 30 minutos, Divaldo
comoveu o auditório que o ouviu quase em êxtase.
Ao terminar, foi aplaudido de pé demoradamente, após
cuja tarefa, seguiu ao jantar e ao repouso, a fim de despertar, novamente, às
4h45 da manhã, para seguir à cidade do Porto.
São João
de Ver – No dia 26, domingo, data
evocativa do aniversário de Nilson de Souza Pereira, Divaldo realizou um
Minisseminário na Escola Beneficência Caridade Espírita, em São João de Ver
(Portugal), para 420 pessoas que se acomodavam no seu amplo
salão.
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Merece seja recordado que as
inscrições terminaram 3 semanas antes e uma enorme fila de espera foi elaborada
para preencher alguma falta de última hora. O tema proposto foi Mediunidade:
desafios e bênçãos, entre as 15h e as 18h30 com um
intervalo.
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Divaldo fez um histórico dos fenômenos mediúnicos,
passando pelas experiências da Universidade de Salpetrière quando surgiram as
acusações contra os médiuns, graças ao Prof. Pierre Janet e ao livro que
publicou, intitulado Automatismo psicológico, igualmente referindo-se às
campanhas difamatórias encabeçadas pelas religiões dominantes e pela ignorância
popular. Demonstrou a vitória do fenômeno, graças à Codificação espírita e
exaltou o trabalho desenvolvido pelos nossos trabalhadores de Jesus.
O público manteve-se magnetizado pela palavra do
nosso irmão e amigo, aplaudindo-o de pé, demoradamente, ao fim do segundo
módulo.
Após autógrafos que se prolongaram por mais 40
minutos viajou à cidade de Maia.
Braga – No dia 27, após as atividades normais durante o
dia, seguiu a Braga, veneranda cidade do país, considerada no passado como o
“Vaticano português”, a fim de ser proferida a conferência na Associação
Espírita Luz no Caminho.
Como de outras vezes, a Casa esteve superlotada,
havendo batido recorde
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de público, com mais de 500
pessoas, 420 das quais sentadas e as demais em pé, a fim de ouvirem a mensagem
do nosso irmão Divaldo.
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O tema abordado foi a drogadição, considerando-se a
decadência da ética e da moral na atualidade, tendo como pano de fundo a
magistral história do bispo anglicano James Pike e o drama vivido em relação ao
filho que era dependente químico.
Divaldo narrou com detalhes, reviveu alguns momentos
graves e outros de bom humor, extraídos da história, concluindo-a mediante
pontes luminosas com a Doutrina Espírita, durante o período de 70
minutos.
Foi aplaudido com carinho pela multidão, tendo
autografado livros, CD/s e DVD/s antes e depois da mensagem
consoladora.
Após um delicado lanche retornou à cidade da Maia
para o justo repouso, aos 30 minutos do novo dia.
Águeda – A conferência, realizada no dia 28, teve início
às 20h30. O Cine Teatro São Pedro abriu as suas portas exuberantes, porque se
encontra todo reformado e com imenso conforto, para recepcionar os convidados
pela Associação Consolação e Vida, diri-
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gida pelo dr. Lutênio. |
À hora aprazada, com um público de mais de 550
pessoas que se apresentaram joviais e expectantes, teve início a solenidade. O
Dr. Lutênio abriu a reunião, convidou a filha Isabela para que cantasse dois
lindos números clássicos, incluindo a Ave Maria de Schubert.
Após a prece inicial, fez a apresentação do orador,
apresentou um vídeo sobre a Mansão do Caminho e, em seguida, convidou Divaldo
para que abordasse o tema Mediunidade e Doenças.
Nosso querido irmão fez um estudo do binômio
saúde-doença desde a antiguidade oriental, passando pela Grécia com Esculápio
até os nossos dias, evidentemente numa bela síntese, apresentou conceitos da
Organização Mundial de Saúde e demonstrou a sabedoria de Allan Kardec,
apresentando questões tormentosas decorrentes da mediunidade, conforme o
conceito do mestre de Lyon: “O grande escolho à mediunidade é a
obsessão”.
Narrou uma bela experiência libertadora de um
processo obsessivo e os saudáveis resultados do conhecimento espírita. Ao
terminar, Divaldo foi aplaudido de pé pelo público e permaneceu autografando por
mais algum tempo.
Após um lanche, o orador retornou a Lisboa, 268
quilômetros pela frente, chegando à cidade às primeiras horas do
amanhecer.
Santarém – No dia 29, quarta-feira, as atividades tiveram
lugar em Santarém, na sede da Associação Espírita local, muito bem situada à
entrada da cidade. Num imenso edifício, três salas com 410 cadeiras estavam
repletas de pessoas que vieram de diferentes cidades, a fim de participarem da
conferência que foi proferida pelo nosso irmão
Divaldo.
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Abordando o tema a Psicologia do perdão, a
solenidade foi aberta pelo seu presidente.
Divaldo analisou um dos incidentes cruéis do
conflito entre a Turquia e a Armênia e do gesto de abnegação de jovem que fora
vitima com a sua família da truculência de um chefe turco que assassinara os
seus pais e atiraram sua irmãzinha à fúria da soldadesca e ela mesma fora
transformada em sua escrava sexual. Conseguindo fugir, tornou-se enfermeira e
salvou a vida do algoz, quando ele foi ser cuidado de grave enfermidade em
Istambul.
Nosso orador analisou os testemunhos e os efeitos do
perdão radical, na área da saúde física, emocional e mental, fazendo luminosas
pontes com a doutrina espírita, mantendo o auditório interessado durante os 70
minutos da sua alocução. Ao terminar, foi demoradamente aplaudido de pé. Depois
de breve lanche, retornou a Lisboa.
Angra do Heroísmo – No dia 30, o orador rumou à cidade de Angra do
Heroísmo, capital da Ilha Terceira, no arquipélago dos Açores, lá chegando após
2h10 de voo.
Acompanharam-no amigos e membros da Federação, a fim
de participarem da conferência do Divaldo, bem como das Jornadas Espíritas
Terceirenses, que teriam lugar a partir do dia 1º de novembro. Recebidos pelos
diretores da Associação Espírita Terceirense, Ana e Jorge, todos foram
diretamente para o almoço, no seu lar.
Às 18h o grupo rumou à sede da Associação, que
estava comemorando seu 16º aniversário de fundação, quando ali, com presença do
orador pela primeira vez, nasceu a Entidade.
Divaldo atendeu duas jornalistas da Rádio local que
lhe fizeram uma entrevista de vinte minutos e participou das celebrações da
querida Instituição. A seguir, em um belíssimo Teatro, onde sempre tem falado,
perante um público de 200 pessoas, continuaram as comemorações com entrega de
Títulos de Sócio Honorário à Clélia, ao Divaldo e a este que escreve estas
notas. De imediato, o confrade Paulo referiu-se a espíritas locais, como os Srs.
Tosta e Ignácio Bittencourt, que haviam nascido na cidade e, mais tarde, foram
viver no Brasil, oferecendo grande contribuição para o desenvolvimento do
movimento espírita na pátria irmã.
Houve apresentação de uma aula infantil e a palavra
foi passada ao convidado brasileiro.
Divaldo abordou o tema que lhe foi assinalado, A
Psicologia da gratidão, fazendo comentários relevantes sobre esse nobre
sentimento filho do amor. Narrou lindas experiências da vitória da gratidão e
comentou como ela vem desaparecendo no seio da atual sociedade individualista e
sofredora.
Após a comovedora Oração da gratidão, de autoria do
Espírito Amélia Rodrigues, Divaldo foi aplaudido de pé e encerrada a
comemoração.
Leiria – No dia 31 de outubro, pela manhã, o retorno a
Lisboa. Às 18h o orador foi a Leiria, a fim de proferir a conferência na sede da
Associação Espírita local, dirigida pela nossa consóror Isabel
Saraiva.
Às 20h30 teve início a
reunião para mais de 550 pessoas que superlotavam o auditório.
Houve
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números de canto e, logo
depois, a apresentação do Divaldo, que foi convidado à tribuna, a fim de abordar
o tema proposto, que se denominava O Despertar do Espírito, inspirado no título
do mesmo livro ditado pelo Espírito Joanna de
Ângelis.
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Divaldo fez um estudo das 5 características do ser
humano, conforme a psicologia contemporânea: personalidade, conhecimento,
identificação, consciência e individualidade. Estudando cada uma delas, culminou
com o aprofundamento da individualidade ou Espírito imortal, entretecendo
considerações profundas em torno do ser que somos, especialmente com as
conotações espíritas.
Durante 70 minutos expôs o tema, narrando
experiências clássicas e pessoais, concluindo com a bela oração do Monsenhor
Horta, através do médium Francisco C. Xavier, sendo demoradamente aplaudido pelo
público de pé.
Após o jantar na sede da Associação retornou a
Lisboa, chegando à 1h30 da manhã.
Évora – No dia 1º de novembro a atividade
teve lugar na cidade de Évora, promovida pela Associação Espírita local, que tem
convidado Divaldo desde a sua fundação.
No Hotel Dom Fernando, para 220
pessoas adredemente convidadas, foi realizado um Minisseminário sobre o tema
Vitória sobre a obsessão, inspirado em obra com o
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mesmo título ditada pelo Espírito Joanna de Ângelis. |
Apresentado pela Presidente da Associação, Divaldo
fez, no primeiro módulo, um profundo histórico da depressão (melancolia no
passado) do ponto de vista da Psiquiatria, por 70 minutos, quando concedeu o
intervalo.
Após o intervalo, o Coral da Federação Espírita
Portuguesa com instrumental deleitou-nos com 6 músicas e, em seguida, Divaldo
considerou a depressão, bem como outros transtornos emocionais e psicóticos à
luz do Espiritismo, demonstrando as obsessões e sua cura, através das
recomendações de Allan Kardec, insertas no capítulo 23 de O Livro dos Médiuns,
mediante cujo atendimento das psicoterapias da doutrina, logra-se a vitória
sobre essa terrível pandemia que ameaça a humanidade. Às 18h45 foi encerrado o
Minisseminário.
Dispensável dizer que em todas as conferências
Divaldo sempre chega uma hora antes, a fim de atender o público, permanecendo no
local até sair o último presente.
Tivemos a satisfação de contar nas três últimas
conferências no Continente com os amigos de Reus e de outras cidades da Espanha,
que nos honraram com a sua presença. Divaldo retornou depois a Lisboa.
Amadora – No dia 2 de novembro pela manhã, na sede da
Federação Espírita Portuguesa, teve lugar o Encontro de Evangelizadores
Espíritas da Infância e da Juventude, contando com a presença de mais de 70
provindos de diferentes regiões do país, incluindo-se a Ilha da
Madeira.
As atividades transcorreram ricas de experiências e
entre as 12h e 13h nosso irmão Divaldo abordou o tema sobre a Educação como base
para a plenitude, o que foi realizado com eficiência.
Divaldo analisou a proposta
da educação desde Jan Comenius, passando por Pestalozzi, Maria Montessori,
Piaget e pelo excelente trabalho do Projeto Jacques Dellors, por solicitação da
UNESCO, na proposta em favor de novas diretrizes para a educação durante o 3°
Milênio. Também referiu-se ao labor de Edgar Morin, e os sete saberes, passando
ao estudo do Evangelho, no qual, os jovens asci-
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fnavam-se com o Mestre. Tomou
como exemplo o convite de Jesus às criancinhas, a companhia de João, o
Evangelista, depois referiu-se a Paulo e o seu devotamento a Timóteo, culminando
com as médiuns muito jovens de Hydesville e da Codificação, oferecendo uma linda
mensagem de entusiasmo aos evangelizadores
espíritas.
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Despediu-se, depois, de todos com agradecimentos
comovidos, concluindo assim mais uma jornada sua por terras de
Portugal.
Nota da Redação:
O autor desta reportagem, Vitor
Mora Féria, presidente da Federação Espírita Portuguesa, acompanhou pessoalmente
o orador Divaldo Franco durante a jornada doutrinária acima relatada.
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