quinta-feira, 24 de julho de 2025

SOLÂNEA REALIZA A 5ª NOITE DO REPENTE E DA VIOLA DENTRO DA PROGRAMAÇÃO DO “CAMINHOS DO FRIO”.

 

THALISSON SOARES E AUREMIR CAETANO
FINALIZARAM A  NOITE EM GRANDE ESTILO

SOLÂNEA realizou o 5º FESTIVAL DE VIOLAS ARNALDO CIPRIANO, dentro da programação da Rota Cultural Caminhos do Frio em uma noite que foi ricamente prestigiada por autoridade e público em geral.

O festival aconteceu nesta quarta-feira, 23, no Teatro Jacob Soares Pereira, patrimônio material do Município, situado no centro de Solânea, espaçoso e de bom acabamento, que recebeu dezenas de admiradores da Cantoria de Viola e dos Repentistas.

TIAGO SALVADOR,  SECRETÁRIO DA CULTURA DE SOLÂNEA E
AUREMIR CAETANO, PRODUTOR DO EVENTO
O evento foi coordenado pelo Repentista Auremir Caetano, que recebeu o aval da Secretaria da Cultura e do Turismo de Solânea, cujo Secretário é o atuante e competente TIAGO SALVADOR, que goza de grande prestígio cultural perante os demais Municípios que compõem a 2ª Regional de Cultura (brejo e agreste), e que prestigiou o evento agradecendo a todos e todas e sendo aplaudido por todo público presente e artistas da referida noite.

BONEDIS EDUARDO E JOSÉ LÚCIO DERAM AS
BOAS VINDAS COM CANÇÕES POPULARES
Foi realmente uma marcante noite cultural recebendo para tal a presença de 05 duplas de repentistas e a apresentação das Declamadoras Poetisa Mestra Maria da Soledade (Alagoa Grande), e uma excelente apresentadora natural da Cidade de Solânea a Poetisa Ieda Rocha, que encantou aos presentes e foi aplaudida de pé.

As duplas de repentistas foram compostas da seguinte maneira: Bonedis Eduardo (Rio Grande do Norte) e José Lúcio (Solânea), Biu Cardoso (Alagoinha) e João Batista Macedo (Solânea), Manoel Rufino (Cuité) e Francisco Damião (Seridó), Antonio Costa (Guarabira) e Pereira Santos e Auremir Caetano (Solânea) e Thalisson Soares (Rio Grande do Norte), que apresentaram várias vertentes da Cantoria de Viola como Versos Livres, motes em setessilabas, galope a beira mar, e outras modalidades poéticas.

BIU CARDOSO E BATISTA MACEDO, VETERANOS 
DA CANTORIA DE VIOLAS NO BREJO PARAIBANO
A abertura da noite coube a dupla de cancioneiros Bonedis Eduardo e José Lúcio que acompanhados de um Teclado, preencheram o ambiente com canções do repente adaptadas aos ritmos populares e que são sucesso na voz de Os Nonatos e outros grandes intérpretes da música popular nordestina.

Foi uma noite realmente inesquecível pois desafiados a improvisarem temas diferentes, os poetas demonstraram que são todos veteranos pois de igual para igual, todos cantaram muito e encantaram o público presente em mais uma noite festiva do Caminhos do Frio.

MANOEL RUFINO E FRANCISCO DAMIÃO VETERANOS 
DE CUITÉ E DO  VELHO SERIDÓ

A última dupla a se apresentar foi Auremir Caetano e Thalisnon Soares que ficaram encarregados de fazerem a despedida daquela noite que ficará na história da Cantoria de Viola pois foi uma noite rica em versos e poesia e contribuiu por demais com a valorização de Cultura Popular, com a propagação do verso e da viola e premiar os admiradores desta arte que apesar dos modismos, se mantêm como público fiel a Cultura Popular e o improviso do verso através da viola e do repente.

O Blog “Cultura do Brejo” parabeniza ao coordenador, Auremir Caetano, ao Secretário Tiago Salvador, aos gestores de Solânea por apoiarem a Cultura Popular e o público presente que vem de afirmar que cultuar nossas Raízes Culturais muito fortalece nossa História que muito nos honra e serve de inspiração para as futuras gerações.

ANTONIO COSTA E PEREIRA SANTOS
ESTRELAS DA CANTORIA PARAIBANA

UM POUCO DA HISTÓRIA DA CANTORIA DE VIOLAS – A origem da cantoria nordestina é um ponto incerto na história, de modo que as contribuições bibliográficas de Luís da Câmara Cascudo se mostram fundamentais.

Estima-se que a cantoria de repente teve início no século XIX, na Serra do Teixeira (PB), com Agostinho Nunes da Costa (1797-1852) e seus filhos, Antônio Ugolino Nunes da Costa, Ugolino do Sabugi – o primeiro grande cantador brasileiro, e Nicandro Nunes da Costa, o poeta-ferreiro.

POETISAS MARIA DA SOLEDADE E IEDA ROCHA,
ENCANTO FEMININO NO MUNDO DA POESIA
Na fase inicial de afirmação da cantoria como profissão e arte, Silvino Pirauá Lima, de Patos, introduziu a sextilha no cordel, o uso da deixa e do martelo-agalopado como se canta hoje.

Alguns elegem Gregório de Matos, o “Boca do Inferno”, e o Padre Domingos Caldas Barbosa como precursores da cantoria de viola no Brasil. Os dois, na verdade bons poetas, foram cantadores de modinhas ao som da viola, não repentistas dados a longos desafios.

O TEATRO JACOB SOARES PEREIRA RECEBEU
UM GRANDE PÚBLICO PARA CURTIR A CANTORIA
Em Solânea, a tradição dos violeiros repentistas é celebrada, como evidenciado pela participação de repentistas como Ronaldo Cipriano e Auremir Caetano em eventos locais, que levaram a poesia, a prosa e o repente para a feira. Essas apresentações fazem parte do circuito junino do Brejo em Solânea, destacando a arte dos poetas solanenses na sabedoria e na cantiga da viola.

Reportagem de Severino Antônio -  (bibiu de Alagoa Grande). Ex-conselheiro Estadual da Cultura – representante civil do brejo e agreste. Atual Assessor Cultural da AFRORRÓ - Associação dos Artistas de Alagoa Grande - Contato/Zap - 9 9369 3233

SEVERINO ANTONIO (bibiu de Alagoa Grande) e a 
POETISA MARIA DA SOLEDADE, MESTRA DA CULTURA
E PATRIMÔNIO VIVO DA CULTURA PARAIBANA